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Confira, em detalhes, relato da mulher que acusa padre Airton Freire de participação em estupro

Caso é investigado em conjunto pela Polícia Civil de Pernambuco e pelo Ministério Público de Pernambuco

Por Ana Beatriz Venceslau


Sílvia Tavares, mulher que acusa o padre Airton Freire de ter orquestrado e participado de um estupro contra ela - Foto: Paulo Allmeida/Folha de Pernambuco

Sílvia Tavares, a mulher que acusa o padre Airton Freire, criador da Fundação Terra, de ter orquestrado e participado de um estupro contra ela, na companhia do motorista dele, Jailson Leonardo da Silva, contou, em entrevista exclusiva à Folha de Pernambuco, detalhes do episódio que ela diz ter acontecido em agosto do ano passado, na residência do religioso, em Arcoverde, no Sertão de Pernambuco.

Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) e o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) são as instituições responsáveis pela condução dessa investigação. Até o momento, 22 pessoas já foram prestar depoimentos.

 A mulher rememorou a data em que a violência sexual teria acontecido, um dia após sua chegada na Fundação Terra para um retiro. Ela disse que foi chamada pelo padre para fazer uma massagem e minutos depois o crime teria acontecido, a mando do próprio sacerdote, que se masturbava enquanto assistia à violência. 

“Eu cheguei na Fundação Terra no dia 17, mas o estupro aconteceu no dia 18, às 6h30. Ele pediu uma massagem e eu subi em cima dele. Ele estava de costas e eu comecei a massagear o ombro e as costelas, foi quando ele pediu para Jailson botar hidratante na minha mão para deslizar mais fácil. Então, o padre me pediu para eu apertar o cóccix dele e eu vi que ele tava sem cueca, aí pulei da cama e Jailson botou a faca em mim e me deu uma ‘gravata’. O padre disse que se eu colaborasse, nada ia acontecer e começou a rir”
, disse de início.

O ato sexual não consentido com Jailson Leonardo da Silva, segundo Sílvia, aconteceu por ordem do padre, que presenciou tudo. 

“Ele se levantou da cama e sentou numa cadeira e começou a se masturbar. Disse para eu tirar a roupa e o rapaz que estava com a faca em mim também, então Airton abriu a boca e disse ‘estupre ela’ e ele me estuprou”, afirmou Sílvia. 

A relação entre Sílvia e o padre era de proximidade e ele, antes do acontecimento, era tido pela mulher como “um santo”, por conta de uma graça que recebeu em sua saúde e que atribuía à fé. 

“Para mim, ele era um santo. Através de Deus, consegui um êxito dele em relação a um coágulo que eu tive na cabeça, então eu fiquei muito devota dele”, afirmou a mulher que tem uma tatuagem em homenagem ao religioso, que disse que removerá em breve. 

Reservado

O padre Airton Freire nega as acusações e diz estar se sentindo “injustiçado” com os relatos. Nesta sexta-feira (2), ele usou as suas redes sociais para informar que estaria entrando em um “período de silêncio” na casa onde mora, em Arcoverde.

   

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