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História da Música: O solista e o cantor

 


Participar de uma gravação fonográfica na famosa gravadora Victor, do Rio de Janeiro, mesmo na condição de substituto de um sanfoneiro faltoso, cai como uma luva para Luiz Gonzaga, depois das peregrinações pelos programas de calouros das rádios – incluindo o de Ary Barroso. Sua sanfona embalava os roteiros da boemia, o Mangue dos poetas, músicos, seresteiros, também meretrizes, de um então ainda romântico Rio de Janeiro. Tão convincente é a sua performance acompanhando o artista Genésio Arruda, parecendo mesmo um calejado veterano, que o diretor artístico Ernesto Mattos, convida-o para submeter-se a teste. Luiz Gonzaga “tira de letra” todas as provas e se credencia, perante a diretoria da Victor, a gravar o primeiro disco como solista de acordeom.

No dia 14 de março de 1941, acontece o histórico registro de quatro músicas: a valsa Numa Serenata e mazurca Véspera de São João, compondo o primeiro 78 rpm, o de número 34.744, e uma outra valsa, Saudade de São João Del Rey e o chamego Vira e Mexe integrando o segundo disco, o de número 34.748. É o decolar de um grande salto que emerge do Riacho de Brígida e transpõem as cordilheiras do país.

Inicialmente grava o que lhe determinam, músicas consagradas, sucessos nacionais e internacionais: Saudade de Matão, de Jorge Galati, Devolve e Não quero saber, de Mário Lago, Última Inspiração de Peterpan, Queixumes, de Noel Rosa e Henrique Britto, Nós Queremos uma Valsa, de Nássara e Frazão, Apanhei-te, Cavaquinho, de Ernesto Nazareth, Subindo o Céu, de Aristides Borges, Farolito, de Agustín Lara, Manolita, de Léo Daniderff, e outros.

Fonte: Revista Continente

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